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O que eu penso? O que Geoffrey disse. Eu não tramaria contra ti, jamais. Eu sei. És um bom garoto. Posso ir agora, por favor? É tarde. Eu deveria estar na cama. Não podias esperar? Não podias acreditar em mim? Era tudo teu. Não podias acreditar nisto? Ouvirás ao penar? Para quem pensas que construí este reino? Para mim! Papai fez todo ele para mim. Quando poderei tê-lo, papai? Não até que te enterrarmos? Eu te amava. És um frio e sanguinário bastardo, é o que és. E tu não amas a nada. Sou eu. Sou tudo o que te resta. Aqui, pai. Aqui estou. Minha vida, quando for escrita, será melhor lida do que foi vivida. Henrique Fitz-Empress, Primeiro Plantageneta, rei aos anos, o soldado mais talentoso de um período competente, ele comandava bem homens, cuidou da justiça quando pôde jogos e governou, por anos, um estado tão grande quanto o de Carlos Magno. Ele casou sem amor com uma mulher sem lendas. Nem em Alexandria, Roma ou Camelot houve uma rainha como esta. Ela deu a ele muitas crianças, mas não filhos. O Rei Henrique não tem filhos. Ele teve três coisas barbudas, mas ele os renegou. Vocês não são meus! Nós não temos ligação! Eu nego vocês! Nenhum de vocês terá meu reino. Não vos deixarei nada! E vos rogo uma praga! Talvez todos os teus filhos irrompam e morram! Meus garotos se foram. Perdi meus meninos. Tu ousas me destruir, não é? Bem, ou o destruirei de volta. Que Deus o amaldiçoe! Meus meninos se foram. Perdi meus meninos. Oh, Jesus. Todos os meus meninos. Henrique? O vinho de Natal está no pote As brasas do Natal estão vermelhas Passarei meu dia da maneira dos amantes na cama A multidão de Natal se foi agora As rezas de Natal foram feitas Ninguém mais está cantarolando. Pode também ser o jejum. Quando eu era pequena, o Natal era um período de grande confusão para mim. A terra sagrada tinha dois reis Deus e o tio Raimundo. Eu nunca soube o aniversário de quem estávamos celebrando. Henrique não está aqui. Bom, podemos falar pelas suas costas. O que aconteceu? Não soubestes? Houve uma cena com camas e tapeçarias, e muitas coisas sendo ditas. Vinho temperado. Tinha me esquecido que Henrique gosta. Posso ficar? É teu quarto tanto quanto meu. Estamos ambas em residência. Amontoados como os pobres, três para uma cama. Amastes Henrique alguma vez? Alguma vez? De volta a antes da inundação? Há tanto tempo quanto Rosamund. Ah, isto é Pré-história, cordeiro. Não há registros escritos ou sobreviventes. Há retratos. Ela era mais bela que tu. Oh, muito. Seus olhos, em certa luz, eram violeta E todos os seus dentes eram uniformes. É uma rara, bela característica: dentes regulares. Ela sorria demais, mas mastigava com distinção real. E tu odeias ela ainda hoje. Não, mas odiei-a. Ele a pôs em meu lugar, percebes, e isto foi muito difícil. Como tu, ela encabeçava a mesa de Henrique. Aquela é minha cadeira. E então tu a envenenastes. Não, eu nunca envenenei Rosamund. Oh, eu orei para que ela desistisse. E sorri um pouco quando ela o fez. Por que não estás feliz? Henrique a mantém. Tu deves ser mais esperta que eu sou. Tenho tentado ter piedade de ti, mas continua se transformando em outra coisa. Por que piedade? Tu amas Henrique, mas amas o reino também. Tu olhas para ele e vê cidades terrenos, litorais, impostos. Tudo que vejo é Henrique. Deixe-o para mim, não podes? Deixei-o anos atrás. E eu pensei que pudesse te comover. Tu sempre fostes assim? Quando eu era jovem e a adorava, era assim que eras? Provavelmente. Menina, eu estou acabada e darei a ele qualquer coisa que ele pedir. Sabes o que eu gostaria para o Natal? Gostaria de vê-la sofrer. Alice, só para ti. Alors, ma petite (-Então, minha pequena) J’ai peur, maman. (-Tenho medo, mamãe) O céu está pipocado de estrelas. Que olhos os sábios devem ter tido para ver uma nova entre tantas. Pareces gelado. Aqueci um vinho. Me pergunto haveriam menos estrelas então? Eu não sei. Imagino que há um mistério nisto. Pois, assim é. És tão bela quanto me lembrava. Deves ir. Minha viúva quer me ver. Ela veio descobrir quais são teus planos. Eu sei. Ela te quer de volta. Vá para teus aposentos. Então, me queres de volta. Ela pensa que quero. Ela pensa que a necessidade de amar nunca acaba. Ela tem um propósito. Fico maravilhado contigo. Depois de todos estes anos, ainda como uma ponte levadiça democrática, rebaixando-se para qualquer um. Na minha idade, não há mais muito tráfego. À tua interminável saúde. Bem, mulher, o que tens em mente? Acabei de encontrar Ricardo. Garoto esplêndido. Ele disse que vocês disram. Nós sempre o fazemos. É impressão dele que tu queiras deserdá-los. Eu imagino que terei piedade. Não concordas? Não me importo muito. De fato, me pergunto, Henrique, se ainda me importo com algo. Me pergunto se não tenho fome por força do hábito. Poderia ouvir-te mentir por horas. Então tua cobiça está enferrujada. Brilhante. Henrique, estou tão cansada. Durma então. Durma e sonhe comigo acompanhado de torradas. Henry a la mode Henrique, pare. Leonor, eu nem comecei ainda. O que queres? Queres meu nome em um papel? Assinarei qualquer coisa. Queres a Aquitânia para João? É do João. É dele, é tua, de quem for. Em troca de quê? Por nada. Por um pouco de paz Por um fim a isto, pela vontade de Deus. Me embarque de volta para a Inglaterra, me aprisione jogos e perca a chave e deixe-me viver só. Tens meu juramento. Dou-te minha palavra. Oh, bem, bem, bem. Queres uma almofada? Escabelo? Que tal um xale? Teus juramentos são sempre profanações, tua palavra uma maldição, teu nome no papel uma perda de polpa! Estou te difamando, por Deus, preste atenção! Como, de onde começamos, conseguimos chegar a este Natal? Passo a passo. O que acontece comigo agora? Quanta curiosidade viva de tal gato morto. Se queres saber meus planos, apenas perguntes. Conquistar a China, saquear o Vaticano, ou tomar o véu. Não estou entre aqueles que dão a mínima. Apenas deixe-me assinar minhas terras para João e ir para a cama. Não, estás muito gentil. Não posso aceitar. Vamos, homem, assinarei isto em sangue, cuspe ou tinta azul brilhante. Vamos fazer isto logo. Não vamos. Não, não acho que quero tua assinatura em nada. Não quer? Deus
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