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É difícil. É como tentar meter a lima na Corona. O primeiro pensamento é sempre: “Quem é que cortou isto? Faziam ideia do que ia fazer com isto?” Mas entra. Estão a ver? Entra. Tipo, entra. É preciso querer. Há coisas que é preciso querer. Entra, se quiserem o suficiente. Sim, o meu casaco mete confusão a muita gente. Não sou estúpido. A culpa é minha. Eu sei o que se passa. Eu não tenho de olhar para ele. Sou um grande filho da mãe. Eu sei que vocês têm de olhar para ele. Muitos de vocês já estão “Abre-o! Abre-o! Ou compra o teu tamanho! Entendem? C’um caralho Precisas assim tanto de aceitação? Tens anos. O sonho acabou.” Isto? Oh, foda-se Aquela camisa? A camisa de fora? É a pior parte de tudo. A toda a volta, aquela coisa a mais Olá! Sou um pedaço de pano! É a parte arrepiante. Oh, meu Deus. E vocês pensam: “Mete isso para dentro.” Não posso. Se a meter para dentro pareço um polícia disfarçado de treinador da Liga Júnior. “Apanha duas, Kev! Kev, apanha duas! Kev, tens de te baixar. Tens de ir de pés, Kevin! O teu pai também era uma ! Jogámos juntos. Nunca serás profissional.” Ele é assim, crítico, com os jogadores. “Nunca vais ser profissional, meu. Não sabes ir de pés para a frente? Vamos voltar a reunir. Quero falar com a tua equipa. És uma . És uma . Temos sete como tu na equipa. Ouviste? Temos sete como tu. Alguns podem chegar a profissionais. Tu não, Kev. O que disseste? Que caralho disseste, Kevin? Eu sou polícia, caralho. Estou disfarçado. O meu disfarce é treinar agressivamente na Liga Júnior.” Uma vez fiz um espetáculo em que tinha um capuz e puxei a corda de um dos lados até ao joelho e deixei um bocadinho deste lado. As pessoas nem viram o espetáculo. A raiva nos seus olhos Tipo: “Não! Nós pagámos para estar aqui! Resolve isso!” E eu enrolava-a nos dedos. “Então, eu sou casado.” Tipo, a chicotear. “O casamento é divertido.” E assim, gostam? Alguém prefere assim? Alguém acha: “Eu não gostei, mas se desenvolveres a ideia, tudo bem”? Deixa assim um bocado. Nem consigo usar o bolso. Olá! Sim. Mesa para um. Sim, mesa Sou eu outra vez. Sou eu outra vez. Mesa para um. A de sempre. A de sempre, super alta, para esconder a camisa. Nem sequer é confortável usar o bolso. Olá! Daqui a três anos o Kanye West vai inventar este casaco e toda a gente vai achar: “Agora já gosto.” Agora riem-se de mim, mas depois vão respeitá-lo. Daqui a três anos: “Agora acho fixe.” Boa . Eu é que criei a tendência. Olha-me esta . “Oh, lembram-se? O Kanye tem aquele casaco novo. Lembram-se daquele comediante? Ele vestiu um casaco desses primeiro.” “Não não me lembro.” “Não se lembram? Ele matou-se dois dias depois. Não se lembram disso? Disse que se não nos ríssemos das piadas todas, ele matava-se. E essa foi a única piada que não era brincadeira. Ele escreveu a nota de suicídio com uma letra bonita, por isso sabemos que foi por vontade dele. Deve ter demorado duas semanas a escrevê-la. Ele planeou tudo.” A minha nota de suicídio vai ser apenas a letra da “Thong Song”. As pessoas vão descobrir o meu corpo. E pensam: