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Com o visto da Áustria. Sim. Com botas de inverno, uma jaqueta quente e uma boina de lã da mãe? Em agosto? São daqui. A boina? Não, essa roupa. Não disse que entrou do jeito que está? Ainda tem algo da sua casa? Sr. Werner? E o visto? Caiu da árvore? Um pássaro que te deu? Está escrito aí no documento. O que está escrito? Foi no verão… Isso é lixo! Quando você entrou? Não vou voltar. Não vai, você tem o visto. Não vou voltar. Só os ilegais voltarão! Então, de onde você é? Então? St. Margrethen! Aqui diz Diepoldsau! Sim, Diepoldsau! Vamos, fale? Eu vim de Dachau! Isso é na Áustria? Sim, mas no Campo de Dachau! Vai começar a falar a verdade? Por favor, não! Por favor, não me mande de volta! Sr. Werner! Sr. Werner, quando você entrou? Em outubro passado. Quando a fronteira já estava fechada? Por favor, Sr. Werner. Ele foi o primeiro que mandei buscar. E logo descubro que está mentindo. Devo chamar outro? Ou vai me contar qual é o esquema? Não sei o que você quer dizer. Envie-o de volta ao abrigo de refugiados. Karl Werner? Sim, eu o conheço. Ele admitiu que é um ilegal. Schneider! E o que acontecerá com ele agora? Achei que queria saber o que acontecerá com você. Você e Dreifuss assinaram o formulário de admissão. Correto. Se nossos nomes estão lá é porque assinamos. E o pobre e confuso Werner? Fez vocês de bobos? Ou você o deixou entrar por compaixão? Ele não lhe disse de onde veio? Dachau, se for verdade. Exato. Do Campo de Concentração. E vai mandá-lo de volta? Odeia tanto assim os judeus? Já sei, só está cumprindo o seu dever! E se a sua consciência estiver tranquila… talvez os austríacos e alemães digam o mesmo que você: Só cumpri o meu dever. Eu não sou o responsável. O JUDAÍSMO É CRIME Basta se inscrever na fronteira como voluntário por dia conosco. Por favor! Minha família está me esperando em Diepoldsau. Fique quieta, por favor! Faço qualquer coisa se me deixar entrar! Pare! Parada! Pare ou atiro! Não! Nem mais um passo! Consegue vê-la? Se Berna não devolvesse todos imediatamente. Ainda há espaço de sobra aqui. Muitos partiram. Faça a Cruz Vermelha ir até o seu limite! Precisamos de mais agasalhos, aqui não há calefação. Capitão! Sr. Dreifuss. Não sei se ainda se lembra de mim, Ira Schwarz. Como vai. Você foi barrado. O que está fazendo aqui? Descobri um jeito. Não se preocupem. Alguém do Consulado em Bregenz me deu o visto. Pra sua alegria! Ficaria mais feliz… se meus pais estivessem aqui. Estão em Viena sem saber o que fazer. E o que podemos fazer? Contatem o Consulado em Bregenz! Assim meus pais tratariam com o vice-cônsul. E daria um visto para eles? Você é refugiado político? Sou judeu. Exatamente. Este vice-cônsul emitiria tão facilmente um visto para eles? Por isso estou aqui. É algo que eu deveria denunciar. Vamos esquecer essa conversa. A realidade supera a razão. Entendo. Mesmo assim, obrigado. Vocês estavam em dois, cadê o seu companheiro? Eu não sei. Me desculpem. Onde esteve por tanto tempo? Em Diepoldsau. No abrigo de refugiados. Pão? Pai! O quê? Pão? Ah, obrigado. Como é lá no abrigo?
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